Data de publicação
Maio de 2017
Periódico
Revista Brasileira de Epidemiologia
Resumo
Objetivo – Avaliar a qualidade da informação sobre causas de óbito, identificando a frequência de códigos garbage (CG) em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Métodos – Foram selecionados óbitos de residentes, ocorridos de 2011 a 2013. As causas de óbito foram classificadas como CG, segundo a lista do estudo Global Burden of Disease (GBD) 2015. Esses códigos foram agrupados em: CG do capítulo XVIII da CID-10 e CG de outros capítulos da CID-10. Foram calculadas as proporções de CG por sexo, faixa etária e local de ocorrência.
Resultados – Em Belo Horizonte ocorreram 44.123 óbitos no período analisado, dos quais 30,5% tiveram sua causa classificada como CG. Maiores proporções desses códigos foram observadas em crianças de 1 a 4 anos e em maiores de 60 anos. Os principais CG foram: outras causas mal definidas e as não especificadas de mortalidade (R99), pneumonia não especificada (J18.9), acidente vascular cerebral não especificado como hemorrágico ou isquêmico (I64) e septicemias (A41.9). Em 28,7% dos óbitos ocorridos em hospitais, a causa básica do óbito foi por CG, sendo essa proporção maior para óbitos domiciliares (36,9%). Maior diferença foi observada para os CG do capítulo XVIII da CID-10: 1,7% em hospitais e 16,9% para óbitos no domicílio.
Conclusão – A magnitude dos CG nas estatísticas de mortalidade enfatiza sua importância na avaliação da qualidade da informação sobre causas de óbito.
DOI/link
https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050004
Autoria
Vínculo institucional
Lattes
Orcid
Lenice Harumi Ishitani
Gerência de Epidemiologia e Informação, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil; Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Avaliação de Serviços da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.
Renato Azeredo Teixeira
Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Avaliação de Serviços da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil
Daisy Maria Xavier Abreu
Núcleo de Educação em Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil
Lucia Maria Miana Mattos Paixão
Gerência de Epidemiologia e Informação, Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil
Elisabeth Barboza França
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.