Magnitude e variação da carga da mortalidade por câncer no Brasil e Unidades da Federação, 1990 e 2015

Data de publicação

Maio de 2017

Periódico

Revista Brasileira de Epidemiologia

Resumo

Objetivo – Analisar as taxas de mortalidade por neoplasia maligna no Brasil e nas Unidades da Federação (UF) nos anos de 1990 e 2015, segundo o sexo e principais tipos de câncer.

Métodos – Com as estimativas de carga global de doença para o Brasil, foram calculadas taxas de mortalidade por câncer, ajustadas por idade e respectivos intervalos de incerteza de 95%, para o Brasil e UF, em 1990 e 2015, bem como a variação percentual dessas no período. Foram analisadas as principais causas de mortalidade por câncer segundo sexo, considerando as cinco taxas mais elevadas no país e para cada estado.

Resultados – A taxa de mortalidade por câncer para homens e mulheres manteve-se estável entre os dois anos no país. O mesmo padrão de comportamento foi observado em praticamente todas as UF, sendo que a maioria dos estados da região Nordeste e metade da região Norte exibiram aumento não significativo das taxas de mortalidade. Em relação aos tipos, houve queda nas taxas de mortalidade para os cânceres de estômago em ambos os sexos (mulheres: -38,9%; homens: -37,3%), colo do útero em mulheres (-33,9%), e pulmão e esôfago em homens (-12,0% e -14,1%, respectivamente); em contrapartida, houve aumento para os cânceres de pulmão em mulheres (+20,7%) e de cólon e reto em homens (+29,5%).

Conclusão – As diferenças de comportamento dos principais tipos de câncer, com queda principalmente nas regiões mais desenvolvidas e aumento nas regiões menos desenvolvidas do país, parecem refletir as desigualdades tanto socioeconômicas quanto de acesso aos serviços de saúde pela população brasileira.

DOI/link

https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050009

Autoria

Vínculo institucional

Lattes

Orcid

Maximiliano Ribeiro Guerra

Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora (MG), Brasil; Institut Curie – Paris, França.

Maria Teresa Bustamante-Teixeira

Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora (MG), Brasil

Camila Soares Lima Corrêa

Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora (MG), Brasil

Daisy Maria Xavier de Abreu

Núcleo de Educação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Maria Paula Curado

A. C. Camargo Cancer Center, Hospital A. C. Camargo – São Paulo (SP), Brasil; International Prevention Research Institute – Lyon, França.

Meghan Mooney

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle (WA), Estados Unidos

Mohsen Naghavi

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle (WA), Estados Unidos

Renato Teixeira

Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Elisabeth Barboza França

Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Deborah Carvalho Malta

Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.