Fatores de risco relacionados à carga global de doença do Brasil e Unidades Federadas, 2015

Data de publicação

Maio de 2017

Periódico

Revista Brasileira de Epidemiologia

Resumo

Objetivo – Analisar a carga global de doença, quanto aos anos de vida ajustados por incapacidade (disability adjusted life years – DALYs) atribuídos a fatores de risco (FRs) selecionados, para Brasil e 27 Unidades Federadas (UFs).

Métodos – Foram utilizadas bases de dados do estudo Carga Global de Doença (Global Burden of Disease – GBD) para Brasil e UFs estimando a síntese de exposição de risco (summary exposure value – SEV) para FRs selecionados, incluindo os ambientais, comportamentais, metabólicos e suas combinações. Os DALYs foram usados como métrica principal do estudo. Construiu-se o ranking dos principais FRs entre 1990 e 2015, com comparações por sexo e UF.

Resultados – Os FRs analisados explicariam 38,8% da perda de DALYs no país. A dieta inadequada foi a principal causa de DALYs em 2015. Em homens, a dieta inadequada contribuiu com 12,2% dos DALYs, e, em mulheres, com 11,1% deles. Outros FRs importantes foram: pressão arterial sistólica elevada, índice de massa corporal (IMC) elevado, tabagismo, glicose sérica elevada; entre homens, destaca-se o uso de álcool e drogas. Os principais FRs foram metabólicos e comportamentais. Na maioria das UFs, predominou a dieta inadequada, seguida da pressão arterial elevada.

Conclusão – A dieta inadequada lidera o ranking de FRs para Brasil e UF. Os homens estão mais expostos aos FRs comportamentais, e as mulheres, aos metabólicos.

DOI/link

https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050018

Autoria

Vínculo institucional

Lattes

Orcid

Deborah Carvalho Malta

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Mariana Santos Felisbino-Mendes

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Ísis Eloah Machado

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Valéria Maria de Azeredo Passos

Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Daisy Maria Xavier de Abreu

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Lenice Harumi Ishitani

Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Prefeitura de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Gustavo Velásquez-Meléndez

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Mariangela Carneiro

Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Meghan Mooney

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle (WA), Estados Unidos.

Mohsen Naghavi

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle (WA), Estados Unidos.