Estimativas do grau de cobertura e da mortalidade adulta (45q15) para as unidades da federação no Brasil entre 1980 e 2010

Data de publicação

Maio de 2017

Periódico

Revista Brasileira de Epidemiologia

Resumo

Objetivo – Avaliar a qualidade do registro de óbitos do Datasus, por sexo e estados brasileiros, e estimar as probabilidades de morte adulta, 45q15, por sexo e estados, entre 1980 e 2010.

Métodos – O estudo foi baseado em dados de mortalidade obtidos no Sistema de Informação de Mortalidade do Datasus, de 1980 a 2010, e em dados de população dos censos demográficos de 1980, 1991, 2000 e 2010. A avaliação da qualidade dos dados de registro foi feita utilizando-se métodos demográficos tradicionais e métodos de distribuição de mortes, e as probabilidades de morte foram calculadas a partir dos conceitos de tabelas de vida.

Resultados – Os resultados indicam uma melhoria considerável do grau de cobertura de óbitos no Brasil desde 1980. Nas regiões Sudeste e Sul, observamos uma completa cobertura do registro de mortalidade adulta, o que não ocorria no decênio anterior. Por outro lado, no Nordeste e no Norte ainda existem localidades com baixo grau de cobertura entre 2000 e 2010. Em todos os estados do Brasil, observa-se um declínio da probabilidade de morte dos adultos. Observamos que as probabilidades de morte dos homens são muito mais elevadas do que as das mulheres.

Conclusão – As melhorias observadas parecem estar relacionadas aos investimentos no sistema público de saúde e aos procedimentos administrativos para melhorar o registro dos eventos vitais.

DOI/link

https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050003

Autoria

Vínculo institucional

Lattes

Orcid

Bernardo Lanza Queiroz

Departamento de Demografia e Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Flávio Henrique Miranda de Araujo Freire

Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brasil.

Marcos Roberto Gonzaga

Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal (RN), Brasil.

Everton Emanuel Campos de Lima

Departamento de Demografia e Núcleo de Estudos de População “Elza Berquó” da Universidade Estadual de Campinas – Campinas (SP), Brasil.