Acidentes de transporte terrestre: estudo Carga Global de Doenças, Brasil e unidades federadas, 1990 e 2015

Data de publicação

Maio de 2017

Periódico

Revista Brasileira de Epidemiologia

Resumo

Objetivo – Descrever a carga global dos acidentes de transporte terrestres no Brasil e Unidades Federadas, em 1990 e 2015.

Métodos – Análise dos dados secundários das estimativas do estudo Carga Global de Doenças 2015. Utilizam-se as estimativas de taxas padronizadas de mortalidade e anos de vida perdidos por morte ou incapacidade, anos potenciais de vida perdidos por morte prematura, e anos de vida não saudáveis. O Sistema de Informações sobre Mortalidade foi a principal fonte de dados de óbitos. Houve a correção do sub-registro e ajustes por códigos garbage.

Resultados – No ano de 2015 foram estimados 52.326 óbitos por acidentes de transportes terrestres no Brasil. De 1990 a 2015, as taxas de mortalidade diminuíram de 36,9 para 24,8/100 mil habitantes, redução de 32,8%. Tocantins e Piauí têm os maiores riscos de mortalidade entre as unidades federadas (UF), com 41,7 e 33,1/100 mil, respectivamente. Ambos também têm as maiores taxas de anos potenciais de vida perdidos por morte prematura.

Conclusão – Os acidentes de transportes terrestres constituem um problema de saúde pública. Utilizar anos de vida perdidos ajustados por morte ou incapacidade nos estudos dessas causas é importante, pois não existem fontes para conhecer a magnitude da incapacidade nem o peso das mortes precoces. O estudo Carga Global de Doenças, ao atualizar os dados anualmente, poderá fornecer evidências para a formulação de políticas de segurança no trânsito e de atenção à saúde, orientadas para as necessidades das UF e de diferentes grupos de usuários do trânsito.

DOI/link

https://doi.org/10.1590/1980-5497201700050013

Autoria

Vínculo institucional

Lattes

Orcid

Roberto Marini Ladeira

Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Deborah Carvalho Malta

Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Publica, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Otaliba Libânio de Morais Neto

Departamento de Saúde Coletiva, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás – Goiânia (GO), Brasil

Marli de Mesquita Silva Montenegro

Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde – Brasília (DF), Brasil.

Adauto Martins Soares Filho

Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde – Brasília (DF), Brasil.

Cíntia Honório Vasconcelos

Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde – Brasília (DF), Brasil.

Meghan Mooney

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle, Estados Unidos

Mohsen Naghavi

Institute for Health Metrics and Evaluation – Seattle, Estados Unidos